sábado, 16 de outubro de 2010

A HIPERIDROSE E EU.



Quando tudo começou na minha vida...

Já na infância, por volta dos 5 a 6 anos de idade, quando estava iniciando na pré-escola, me sentia incomodado pelo fato de constantemente ter que ficar secando as mãos na toalhinha para não molhar o caderno que eu utilizava para desenhar, porém na inocência de criança, acreditava que isto acontecia com todo mundo. Mas este pensamento não permaneceu por muito tempo.
Num certo dia de recreação na escola, enquanto brincávamos de roda-roda (aquela brincadeirinha que fazemos um círculo, segurando nas mãos uns dos outros, rodando e cantando assim.. “Roda! Roda! Roda! Pé! Pé! Pé! Roda! Roda! Roda, caranguejo, peixe é!” Sabe, né rs?) passei pelo meu primeiro constrangimento por causa da hiperidrose, quando segurando a mão de um amiguinho durante a brincadeira, ele me disse:
_ Credo, que nojo! Sua mão tá melada. Parece uma lesma! ....
Desde de então, minhas mãos nunca pareceram suar tanto.

O tempo foi passando, a idade estendendo-se, até a chegada da adolescências, 12, 13 anos.
Lembro que quando eu ia jogar bola, descalço, em um campinho de areia que tinha próximo a minha casa. Voltava com os pés cheio de lama. Para isso, bastava um pouquinho de pó passar perto do pé, e nele o pó ficava, juntando-se com o suor, e virando um lamaçal, só.
Pensar em sair de chinelo? Só se fosse para passar vergonha rs!
A idade avançava um pouquinho mais, as paqueras iam acontecendo. E o problema do suor excessivo, que nessa essa época já era um fator consciente (14,15 anos), me faziam pensar mil vezes antes de fazer um simples carinho no rosto das gurias. Andar de mãos dadas, então?... Putzz! Só se fosse de luva rs.!
Enfim... com o passar do tempo, a quantidade de simples atitudes que poderiam me trazer constrangimento, só aumentavam. Onde eu tocava, deixava minha marca registrada. Era assim que eu me sentia.

Minha irmã, 8 anos mais velha do que eu, sofria do mesmo problema.
Ela começou a buscar informações sobre o assunto, a partir do momento que ela viu em um programa de TV, uma reportagem sobre hiperidrose, na qual informou alguns métodos que poderiam ajudar as pessoas que sofriam desta síndrome. Citando o tratamento com o Botox e a cirurgia torácica (simpatectomia), a qual na época era uma cirurgia que ainda tinha sido feita em quantidade bem reduzida, era um pouco mais invasiva e a eficácia no resultado da mesma era menor do que atual, podendo causar também alguns efeitos colaterais.
A simpatectomia custava em torno de R$ 5.000,00 a R$ 6.000,00 em clínicas particulares, porém o SUS passou a oferecer a cirurgia gratuitamente.
Minha irmã procurou se informar de todas as formas dos possíveis efeitos colaterais, dos riscos cirúrgicos e também a compensatória (sudorese que ocorre em outras partes do corpo, para compensar o suor que foi bloqueado em uma determinada região – mãos, pés axilas-, devido a cirurgia). Decidida, então, em fazer a cirurgia ela entrou na fila de espera do SUS e após 2 anos foi chamada para ser operada. Os precedimentos ocorreram no Hospital Incor (Instituto do coração). Ela ficou internada durante dois dias e no terceiro teve alta.
A cirurgia, de inicio, teve um resultado muito positivo. Ela chegava a ter que passar creme hidratante nas mãos, de tanto que elas ficavam ressecadas.
Eu fiquei muito feliz com o resultado, e não via a hora de poder me submeter à cirurgia também, porém eu ainda tinha 17 anos, e só poderia me inscrever na fila de espera do SUS para fazer a cirurgia, após a maioridade.
Esperei quase 2 anos, me inscrevi e aguardei ser chamado. Até então minha irmão já vinha se queixado há algum tempo, do modo como sua sua barriga e suas costas estavam começando a suar. Pensei que isto acontecia pelo fato de ela ser um pouco gordinha. Estava enganado!
Passaram-se mais dois anos e então chegou a minha vez de me submeter a cirurgia. O médico me explicou novamente como era o procedimento cirúrgico, qual o percentual de resultado positivo e também a possível compensatória. E eu decidi que me submeteria a cirurgia. Tudo o que eu queria era que minhas mãos parassem de suar, nada mais!
A cirurgia aconteceu no dia 20 de setembro de 2008, também no Incor. Ocorreu tudo bem. Médicos e enfermeiras muito atenciosas. Fui realmente muito bem tratado.
No dia seguinte tive alta. Fiquei com o corpo dolorido durante uma semana. E ansioso pelo resultado.
Minhas mãos estavam secas, sequinhas!! Eu mal conseguia acreditar naquilo. Eu tinha até que passar hidratante nas mãos, pois elas checavam a ficar com certas “rachaduras” de tão ressecadas que ficavam.
Já tinha voltado a minha rotina diária. Trabalho, escola, acadêmia, etc... e por volta da terceira semana após a cirurgia, notei que minha barriga e costas começaram a suar de maneira uma pouco mais intensa que antes, porém nada que incomodasse tanto. Até então, a cirurgia tinha valido muito a pena.

Durante um treino na acadêmia, em um dia um pouco mais quente, notei que a sudorese compensatória estava mais severa. Estava suando muito, e isso passou a acontecer em várias outras situações posteriores. Não só na acadêmia, mas nas filas de bancos, no transporte publico, ou qualquer lugar fechado que não apresentasse ventilação.
Ai você diz: Pow! Normal, suar em ambiente como estes. Isto acontece com todo mundo.
Concordo! Porém o problema não estava exatamente em suar, mas sim na quantidade em que eu suava. Minhas costas e barrigas pareciam pequenas cachoeiras. Podia sentir as gotículas de suor escorrendo constantemente e quando eu sentia isto, ficar nervoso e suava ainda mais.
Usar camisas colorias, passou a ser algo praticamente fora de cogitação.
Comecei a entrar em desespero, pois sempre adorei praticar esportes, ir para acadêmia, ir em baladas e etc... Mas a sudorese estava começando a me afastar destes meus hobbies.
Comecei a investir todo meu tempo livre buscando informações de como tratar a sudorese compensatória. Não encontrava nada!
Li diversos depoimentos de pessoas que passavam por situações semelhantes à minha. E que se queixavam por terem feito uma cirurgia que fizesse suas mãos pararem de suar, mas em compensação suava todo o resto do corpo.
Claro, felizmente, também li depoimentos positivos de pessoas que se submeteram a simpatectomia. Mas este não era o meu caso.
Passei a participar de várias comunidades do Orkut, sobre Hiperidrose.
E notei que muitos que postavam e que tinham feito a simpatectomia e também passavam por problemas com a sudorese compensatória, estavam utilizando um produto chamado Driclor.
Procurei várias informações sobre o produto, e descobri que ele não era comercializado no Brasil. Porém tinham alguns membros na comunidade do Orkut que importavam o Driclor e os revendia.
Lendo os posts que os membros deixavam na comunidade, falando sobre o resultados obtidos com o produto, fiquei muito feliz, pois eram muito positivos.
Devido ao preço do Driclor ser um pouco alto, resolvi manipulá-lo, porém não surtiu nenhum efeito. Então, resolvi encomendar uma unidade de um dos membros da comunidade.
Recebi o produto e passei a utilizá-lo. E para minha felicidade. Encontrei a salvação rs.!
Apesar do pinicamento, o Driclor teve um resultado muito eficaz. Passei a utilizá-lo na barriga, nas costas, até mesmo nas pernas, e em todas essas regiões a sudorese diminui em até 90%.
Hoje posso ficar na fila de um banco, frequentar lugares fechados, ir para a acadêmia, praticar esportes e diversas outras atividades que eu estava deixando de fazer. Tudo isso, graças a ajuda do Driclor, que infelizmente só passei a conhecer depois de já ter me submetido a simpatectomia.
Por isso, por experiência própria, você que sofre de hiperidrose e pensa em submeter-se à alguma cirurgia, o melhor conselho que eu posso lhe dar é que você deixe esta como sua ultima opção. Pois nenhuma delas, até o momento, garante um resultado totalmente eficaz, além dos riscos cirúrgicos, gastos e também por algumas serem irreversíveis.
Pesquise, informe-se, procure por outras formas de tratamento com remédios ou algo que seja o menos invasivo possível. Pois já existem alguns produtos para tratamento de hiperidrose, como: Driclor, Adoban, Anhydrol e outros,..os quais tem trazido muita satisfação para quem os têm utilizado como forma de combater a hiperidrose.
Eu digo isto por experiência própria, de alguém que optou por se submeter a uma cirurgia, mas que tomaria decisões diferente, se possível fosse. Contudo não deixa de ser somente a minha opinião.

Eu, além de usuário também passei a comercializar o Driclor, eu repasso o produto pelo valor de R$ 42,00 + frete ou forneço meu endereço para retirada em mãos.
Você também pode encontrar o Driclor sendo vendido por outros vendedores em sites como o mercado livre e também no Orkut.

Caso queiram mais informações sobre o Driclor, podem enviar e-mails, para:
ailton.msfilho@bol.com.br, ou deixe seu e-mail e dúvidas que responderei o mais rápido possível.

Um grande abraço galera.!

Até o próximo post!